Pensar ainda tem valor?

João Lima
1 min readSep 2, 2021

Acorda, escova, banha.

Mede, prepara, serve.

Serve-se.

Levanta e vai.

Bom dia. Já entrou na palestra?

Sim. Bem-estar.

Estão todos preocupados.

Estão todos preocupados.

Se os robôs vão tomar o lugar da gente, por que a gente precisa estar aqui?

Porque a gente pensa, ué.

Hum …

Será?

No meio de tanto framework, técnica, workshop, co-criação, scrum, sprint, daily, weekle, review, 1–1, backlog, backbone, backflip, o espaço para ser humano parece que foi embora.

Em que momento a gente conseguiu se transformar num mundo de falsos especialistas? O saber — ou o fingir saber — de uma técnica que só vai ser utilizada naquele momento ali é definidor para muitas coisas.

Mais que uma conversa. Mais que uma discussão. Mais que um questionamento.

Robô já conversa — mas não discute. Robô já questiona — se deixarem (como nós).

A gente tá sendo preparado pra viver no futuro ou pra obedecer se quiser sobreviver?

Ah, procuremos algo que os robôs não façam para que não fiquemos boiando daqui a X anos.

A gente já tem isso hoje.

E tem zero valor.

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